​A noite de quinta-feira (16/3) vai ficar marcada na história de Joinville. É que nesta data, o maior ídolo do Joinville Esporte Clube (JEC), Reinaldo Antônio Baldessin, o Nardela, recebeu das mãos do prefeito Adriano Silva a Medalha do Mérito Princesa Dona Francisca. A honraria é concedida para pessoas ou entidades que engrandecem o nome da cidade em diversas áreas de atuação e faz parte da comemoração de 172 anos de Joinville.

“Essa honraria é concedida para pessoas que deixaram um legado para a cidade. E o Nardela deixou esse legado esportivo. Mostrando que um atleta pode deixar suas marcas na eternidade e fazer com que várias crianças, jovens, atletas se espelhem naquilo que ele entregou. Por isso é merecedor da Medalha Dona Francisca”, explica o prefeito Adriano Silva.

O evento foi na sede da Associação Empresarial de Joinville e contou com a presença de autoridades, amigos e familiares do homenageado, além de torcedores que se acostumaram com o estilo diferenciado do atleta marcar gols e defender o JEC.

A história do homenageado com Joinville é de vitórias e conquistas. Ele chegou ao JEC em agosto de 1980. Enquanto defendeu o time, o que não faltou foi comemoração por gols marcados e títulos conquistados. Para a torcida, ver Nardela em campo era sinônimo de bons resultados.

No Joinville Esporte Clube, Nardela conquistou 7 títulos no Campeonato Catarinense, sendo 6 consecutivos, disputou 680 jogos e marcou 130 gols.

Quando encerrou sua carreira como atleta profissional, em meados dos anos 90, foi eleito vereador. Atualmente, é diretor de Futebol do Joinville Esporte Clube.

“Para mim a Medalha Dona Francisca representa o coroamento da minha trajetória nessa cidade. Me sinto contemplado com essa honraria que é muito significativa. Ainda hoje, depois de muitos anos, as pessoas me encontram, agradecem, trocamos palavras sempre generosas. É o que a gente mais deseja como ser humano, ser bem quisto e querido. E isso eu encontrei em Joinville”, afirma Nardela.

Nascido em 1º de janeiro de 1958, desde muito pequeno, quando ainda morava em Piracicaba, a bola sempre foi o brinquedo preferido. Antes de jogar em Joinville, Nardela defendeu também a Seleção Brasileira Sub-18, em 1976, na França; e Sub-20, em 1977, na Tunísia, terminando a competição em terceiro lugar. Foi campeão Brasileiro pelo Guarani, em 1978.

Trajetória esportiva que rendeu reconhecimento de amigos que mesmo morando em outras cidades, fizeram questão de enviar vídeos parabenizando o ídolo tricolor. “Homenagem mais que merecida pelo grande craque que você foi e pelo homem que você é”, declarou Paulo Egídio.

“Sempre tive uma admiração muito grande, não só pelo atleta que eu conheci muito bem, mas acima de tudo pelo homem, pelo profissional, pelo pai, pelo exemplo que sempre foi a todos nós. Em 86 e 87, quando conheci Nardela mais diretamente, pude perceber o caráter ilibado, uma pessoa muito séria, muito comprometida, um profissional acima de tudo”, afirmou Dorival Júnior, técnico de futebol.

O presidente do Joinville Esporte Clube, Dartanham de Oliveira, reconheceu a trajetória e a relação do ídolo com o clube e a torcida. “Eu fico muito orgulhoso e agradecido pelo Nardela ter feito do JEC o que ele é. Fazendo uma alusão à Zico para o Flamengo, Pelé para o Santos, o Nardela é para o JEC. Talvez ele não tenha noção dessa importância para o clube, mas o Nardela certamente é eternizado como o maior craque que nós já tivemos”, enfatizou.

Haidy Keller Baldessin, esposa de Nardela, se emocionou junto com o esposo. “Se pudesse, eu viveria tudo novamente”, disse ao recordar a trajetória dos dois na cidade, e enfatizar a formação da família, com dois filhos, nora e quatro netos.

O evento teve a participação do trio instrumental da Orquestra de Espetáculos de Joinville, com Fabrícia Piva no violino, Orimar Hess no acordeon e Gabriel Kuskowski na flauta. Eles interpretaram o Hino Nacional Brasileiro e o Hino do Joinville Esporte Clube.​