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Museu de Arte Contemporânea Schwanke realiza live para refletir sobre arte

  • Divulgação - Márcio Paloschi, mediador da live

Uma live, prevista para a próxima quarta-feira, dia 23 de junho, às 19h, pretende aprofundar as reflexões em torno da mostra "Schwanke, uma Poética Labiríntica" que reúne no Museu Oscar Niemeyer (MON) exatos 399 trabalhos do joinvilense Luiz Henrique Schwanke (1951-1992), boa parcela apresentada de modo inédito. As obras podem ser contempladas até o dia 1º de agosto no célebre espaço Olho, em Curitiba (PR). A live, no Instagram e no Youtube (link https://youtu.be/OoiUj3ULRHE), reúne a curadora da exposição, a professora e doutora Maria José Justino e Márcio Paloschi, diretor cultural do Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke (MAC Schwanke), que atuará como mediador. A iniciativa é uma ação do MAC Schwanke.

Natural de Joinville, Schwanke (1951-1992) dá os primeiros passos de sua carreira em Joinville, mas refina procedimentos e concepções artísticas nos 15 anos em que vive e estuda na capital do Paraná, entre 1970 e 1985, onde se forma em comunicação social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e também atua na publicidade, no teatro como ator e cenógrafo.

Deste mix de experiências e estudos, aprimora linguagens e técnicas sofisticadas que incorpora na vastidão de uma produção desenvolvida em cerca de três décadas. No fim dos anos 1970 sobressaem os desenhos que ressignificam obras renascentistas e barrocas, nos anos 1980 faz pinturas gestuais expressivas e arte conceitual, nos anos 1990 cria instalações em que adota a energia elétrica como matéria-prima. Na segunda fase conquista cerca de 30 premiações nacionais, sobretudo com pinturas e a série "Brasilidade", prêmio aquisição do ambicionado 10° Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Funarte, e realizado no Rio de Janeiro em 1988. A sistematização bastante simplificada da linha de atuação do artista não é plenamente eficaz, fechada em si mesma, porque o conjunto de obras escapa de um único rótulo.

"Schwanke, situa a curadora Maria José, rompe com a representação clássica, quebra a imagem antropomórfica, suspende o gestual e, nas últimas obras, volta-se à construção, abraça a imagem da Pop Art e deságua numa poética original." Em outro momento indaga: "Neoexpressionista? Hiperrealista? Minimalista? Cinético? Conceitual? Nada disso e tudo isso". Para dar conta de "um ponto fora da curva", como a curadora denomina Schwanke e sua produção, ela recorre a teóricos como Umberto Eco, Merleau-Ponty, Gaston Bachelard, Friedrich Nietzsche e Walter Benjamin.

Dentro do Olho e do jardim do MON, a curadora monta um labirinto em rede (Eco), em núcleos. Cada obra com sua autonomia, mas em diálogo com as demais, em profundo entrelaçamento. A envergadura temporal alcançada na exposição permite compreender o refinamento dos conceitos do artista que se dizia obcecado pelo claro-escuro em direta referência à história da arte. A montagem abrange trabalhos das três décadas de atuação. Como poucos em Santa Catarina, Schwanke embaralha arte e ciência, tempo e espaço, luz e ausência, transparência e luminosidade.

Sobre Schwanke

Nascido em Joinville, em 1951, desde a tenra infância demonstra pendor artístico. Formado em comunicação social, vive 15 anos em Curitiba (PR), onde amplia conhecimentos e práticas em torno das artes visuais com um pensamento inquieto e quase obsessivo sobre questões do claro-escuro. Dono de uma produção impactante que não se sujeita a uma única rotulação, conduz a carreira com profissionalismo, potencializa o saber jornalístico em seu próprio proveito, faz viagens internacionais de estudos, lê teóricos fundamentais. A partir de meados de 1985, quando volta a morar com a mãe Maria Francisca, em Joinville, dilui as fronteiras entre centro e periferia, demonstra que, em movimento, é possível estabelecer articulações potentes e obter reconhecimento nacional. Seu nome está inscrito na história da arte brasileira.

Sobre Maria José Justino

Mestre em filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983), doutora em estética e ciências das artes pela Universidade de Paris VIII (1991) e com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris/2008) vive e atua em Curitiba (PR), onde tem larga contribuição no campo das artes visuais. Seu vasto currículo aponta inúmeras curadorias, premiações e livros.

Sobre Márcio Paloschi

Artista visual e figurinista. Graduado em artes visuais (Univille - Joinville/SC), pós-graduado em design de moda (Senai/Cetiqt - Rio de Janeiro/RJ). Ministra cursos de desenvolvimento criativo e a cadeira de desenho de observação e desenho de moda em instituições de ensino. Atua na área criativa de desenvolvimento de figurinos e cenários para óperas, teatro, dança, carnaval e shows. Na moda atua na área têxtil de pesquisa, aponta caminhos e composições antecipadas de cartela de cores, propõe diretrizes para desenvolver criativamente um produto. Como artista visual contabiliza exposições individuais e coletivas legitimadas por diferentes curadores.

Sobre o MAC Schwanke

Criado em 2002, o Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke, mantido pelo Instituto Schwanke, filiado ao Ministério do Turismo e ao Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), tem o compromisso de zelar pela memória de Schwanke e oferecer possibilidades de aprimoramento intelectual em torno da arte contemporânea. Com esse fim, organiza seminários, encontros de discussão, cursos e palestras com pesquisadores, críticos e artistas.

Serviço
O quê: mostra "Schwanke, uma Poética Labiríntica"
Quando: até 1º.8.2021, terça a sábado, 10h às 18h (venda de ingressos e acesso até 17h30. Quarta gratuita, 10h às 18h.
Onde: Museu Oscar Niemeyer (MON), rua. Mal. Hermes, 999, Centro Cívico, Curitiba (PR), tel: (41) 3350-4400
Quanto: R$ 20/R$ 10 (professores e estudantes com identificação; doadores de sangue; pessoas com deficiência; titulares da ID Jovem; portadores de câncer com documento)

Serviço da live
O quê: 23.6.2021, 19h
Onde: Instagram: mac.schwanke e Youtube: link https://youtu.be/OoiUj3ULRHE
Realização: Museu de Arte Contemporânea Luiz Henrique Schwanke (MAC Schwanke)

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