Um novo estudo revelou que a cafeína pode funcionar mais como um placebo do que como um estimulante real.

Se você é daqueles que só consegue começar o dia após tomar uma xícara de café, prepare-se para repensar sua percepção sobre a verdadeira causa da energia trazida por essa necessidade matutina. Um novo estudo revelou que a cafeína pode funcionar mais como um placebo do que como um estimulante real, e que o ritual de preparar e consumir a bebida pode ser o principal responsável pela sensação de ânimo experimentada por muitas pessoas.

A pesquisa analisou a relação entre a sensação de alerta causada pelo consumo de cafeína e a experiência de beber café, investigando indivíduos que consumiam pelo menos uma xícara da bebida diariamente. Para isso, foram realizados dois exames nos participantes: um antes de qualquer ingestão de cafeína e outro imediatamente após o consumo de uma xícara de café ou água quente com a mesma quantidade da substância.

Quais foram os resultados obtidos? A rede de neurônios responsável pela introspecção e autorreflexão apresentou o mesmo efeito nos dois casos, indicando que a ingestão de cafeína de fato facilita o estado de alerta. No entanto, o ato de beber café aumentou a conectividade na rede de controle associada à atividade cerebral, algo que não ocorreu nas pessoas que consumiram apenas água com cafeína.

Esses resultados sugerem que certas áreas do cérebro, relacionadas à memória e ao controle cognitivo, dependem da experiência de beber café para melhorar o desempenho, e não apenas da presença da cafeína em si. Isso significa que o ritual de preparação da bebida e a experiência sensorial envolvida podem desempenhar um papel significativo na sensação de ânimo e energia que muitos experimentam ao consumir café.

Essa descoberta desafia a concepção tradicional de que a cafeína é a principal responsável pelos efeitos estimulantes do café. É importante ressaltar que o estudo se baseou em indivíduos que já tinham o hábito de consumir café diariamente, e novas pesquisas são necessárias para explorar os efeitos em diferentes populações.

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