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Moradores de Laranjeiras pedem mudança de divisa e querem integrar Campo Alegre
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Foto: CVJ / Divulgação -
Comunidade alega dificuldades de acesso a serviços públicos de Joinville e proximidade com o município vizinho
Na noite de quinta-feira (8), moradores da região de Laranjeiras, no distrito de Pirabeiraba, participaram de uma audiência pública realizada no salão paroquial da capela São Judas Tadeu, para discutir a possibilidade de deixar de pertencer a Joinville e integrar o município vizinho de Campo Alegre.
O encontro foi promovido pela Comissão de Urbanismo da Câmara de Vereadores de Joinville e contou com a presença de autoridades das duas cidades. Representando o Legislativo joinvilense, esteve presente apenas o vereador Wilian Tonezi (PL). Também participaram vereadores de Campo Alegre e o vice-prefeito Tancredo Ronzka (PP).
Durante a audiência, os moradores relataram dificuldades no acesso a serviços públicos de Joinville, como educação, saúde e infraestrutura, agravadas pela distância e pelas condições da estrada Dona Francisca, principal ligação da região ao centro urbano de Joinville. Em contrapartida, afirmaram que utilizam frequentemente os serviços públicos de Campo Alegre, com o qual têm maior proximidade geográfica e vínculos históricos.
A proposta de mudança de divisa municipal foi apresentada por Newton Mendes, morador e proprietário de terras na região das nascentes do rio Cubatão do Norte. Ele mostrou uma sugestão de novo traçado a partir de duas linhas retas perpendiculares. Embora haja consenso entre os moradores sobre a necessidade da mudança, surgiram dúvidas sobre a possibilidade de imóveis ficarem divididos entre dois municípios.
A discussão sobre a divisa não é nova. Em 2023, a Associação de Moradores de Laranjeiras já havia encaminhado à Prefeitura de Joinville um abaixo-assinado solicitando a pavimentação da estrada Laranjeiras, o que reacendeu o debate sobre a permanência da comunidade no território joinvilense.
O diretor-executivo da Secretaria de Planejamento Urbano de Joinville, Paulo Henrique Klein, destacou que a proposta será analisada com atenção pelas secretarias municipais, considerando os aspectos legais, urbanísticos e geográficos. Ele reforçou que qualquer mudança deve passar por uma lei estadual aprovada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e contar com consenso entre os dois municípios envolvidos.
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