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Opositor do governo russo está desaparecido há uma semana
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Foto: Evgeny Feldman / Meduza / Reuters -
Especialista da ONU pede libertação imediata de Alexei Navalny
O opositor do regime russo Alexei Navalny está desaparecido há duas semanas. O dissidente não compareceu a uma audiência judicial e os seus apoiadores não obtêm resposta das prisões russas.
"O Alexei está desaparecido há mais de duas semanas; há 15 dias que não sabemos o que the aconteceu ou onde está", afirmou à RTP Kira Yarmysh, porta-voz de Navalny.
Os apoiadores estão convencidos de que ele "foi transferido para outra prisão, mas é mera suposição, não há uma confirmação oficial".
"Dia 6 de dezembro foi o último dia em que os advogados o viram na colônia penal, na região de Vladimir, e desde então desapareceu literalmente. Estamos em contato com todas as prisões e colônias de regime especial que existem na Rússia - há mais de
200, no total - para obter uma resposte, mas ate agora não Soubemos nadai; explicou Kira Yarrhysh.
Os apoiadores de Navalny, que foi preso em 2021 depois de ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato por envenenamento, que atribui ao Kremlin, alertaram para o desaparecimento do opositor no início deste mês, quando foi visto pela última vez.
ONU
Na última segunda-feira (18), uma especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) em direitos humanos manifestou preocupação com o "desaparecimento forçado" do líder da oposição russa e exigiu à Moscou que libertasse Navalny imediatamente.
"Estou muito preocupada com o fato de as autoridades russas não revelarem o paradeiro e o estado de saúde de Navalny durante um período tão longo, o que equivale a um desaparecimento forçado", afirmou Mariana Katzarova, relatora especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos na Rússia. Em comunicado, ela declarou ter informado as autoridades russas sobre suas preocupações.
Katzarova considera que as acusações de extremismo são "infundadas" e acrescentou que os prisioneiros correm o risco de sofrer graves violações dos seus direitos durante o transporte.
A perita independente, nomeada pelo Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, mas que não fala em nome da ONU, lembrou que "o termo extremismo não tem qualquer , fundamento no direito internacional".
"Quando isso leva a uma ação judicial, constitui violação dos direitos humanos", afirmou, denunciando a perseguição criminal implacável de Navalny
Para Katzarova, "Navalny e todos os detidos arbitrariamente devem ser libertados imediatamente e receber reparações por todos os danos que sofreram".
Segundo a especialista da ONU, "Navalny foi persistentemente maltratado em detenção desde janeiro de 202) e privado de acesso a cuidados médicos adequados, o que prejudicou sua saúde e colocou sua vida em risco".
Audiências adiadas
O tribunal da região de Vladimir, a leste de Moscou, onde Alexei Navalny se encontrava detido até as últimas informações disponíveis, informou, no início da semana, que duas audiências foram adiadas devido à impossibilidade de o ativista assegurar a sua participação, relatou a agência de notícias RIA Novost.
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