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Joinville é escolhida para projeto internacional de combate à Dengue

  • Foto: Secom / Divulgação -

Cidade catarinense faz parte das seis cidades brasileiras selecionadas para utilizar o método Wolbachia, com histórico de redução de até 70% nos casos de doença

Joinville foi uma das seis cidades brasileiras escolhidas para participar de um projeto internacional de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, utilizando o inovador método Wolbachia. A notícia foi recebida com entusiasmo pelo município e autoridades locais.

A vice-prefeita Rejane Gambin, juntamente com a secretária de Saúde, Tânia Eberhardt, e equipes técnicas da Secretaria, foi informada da seleção em uma reunião online com representantes do World Mosquito Program (WMP), do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), bem como com outros municípios que também participarão do projeto.

O prefeito de Joinville, Adriano Silva, expressou sua satisfação com a notícia: "Estamos buscando a inclusão de Joinville neste projeto há muito tempo, inclusive em reuniões com o próprio Ministério da Saúde. Acompanhamos os ótimos resultados em outras cidades e estamos confiantes de que o método será um importante aliado no combate à dengue em nossa cidade."

Os próximos passos incluem a formalização do convite para Joinville por meio de um ofício do Ministério da Saúde e uma visita da equipe de trabalho à cidade. Detalhes sobre as contrapartidas necessárias por parte do município, recursos e treinamento fornecidos pelo Governo Federal também serão esclarecidos ainda este ano.

A vice-prefeita Rejane Gambin destacou a conquista para Joinville: "É uma grande vitória para nossa cidade. Temos certeza de que será uma arma importante na nossa luta contra o mosquito."

A busca por essa parceria foi iniciada quando o prefeito Adriano Silva apresentou a demanda ao então Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante sua visita a Joinville em maio de 2022. Na ocasião, ele solicitou o apoio da Fundação Oswaldo Cruz para obter autorização para utilizar o método.

Após a visita da vice-prefeita Rejane Gambin e sua equipe técnica à cidade de Belo Horizonte em maio deste ano, onde conheceram mais sobre o funcionamento do método Wolbachia, Joinville protocolou um ofício no Ministério da Saúde reiterando o pedido para ser incluída no projeto.

O critério para a escolha das novas cidades participantes foi baseado em um ranking de 42 municípios com mais de 100 mil habitantes que apresentam altas taxas de casos de dengue. A seleção também considerou critérios como temperatura máxima mensal, histórico do uso do método Wolbachia e a presença de aeroporto, uma vez que o transporte de materiais necessários é realizado por avião. Joinville se destacou como o sexto município mais bem classificado.

O método Wolbachia, criado na Austrália, envolve a liberação de Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais, formando uma nova população desses mosquitos. A Wolbachia impede o desenvolvimento dos vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana dentro dos insetos, contribuindo significativamente para a redução dessas doenças.

O projeto Wolbachia é conduzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com governos locais, e atualmente está em uso em cidades como o Rio de Janeiro, Niterói, Campo Grande, Belo Horizonte e Petrolina. Além de ser ambientalmente sustentável, a bactéria não pode ser transmitida para humanos ou outros mamíferos.

Em Niterói, o projeto começou como um piloto em uma área específica da cidade e se expandiu para cobrir 75% do território municipal, resultando em redução significativa de casos de dengue, chikungunya e zika. Os estudos indicam uma diminuição de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas em que o método foi implementado.

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