PAIXÃO
A política sempre foi uma paixão para os joinvilenses. Ela sempre fez parte da autoestima de uma cidade que sempre teve um protagonismo na política catarinense. Protagonismo provocado por tantas lideranças que construíram uma bela história no mundo político. De vários personagens, um teve destaque especial, Luiz Henrique da Silveira.
ESPAÇO
O blumenauense, que se destacou em Florianópolis, antes de abraçar e ser abraçado por Joinville, fez de tudo na política estadual e até nacional. Foi deputado estadual, deputado federal constituinte, prefeito, governador, senador, e chegou a ser ministro. Luiz Henrique soube conquistar o seu espaço entre os maiores da política catarinense, e pode se dizer, o maior da política joinvilense.
VAZIO
Porém, depois de uma bela carreira, e um lindo legado, em 2015, no auge do seu mandato no Senado Federal, LHS partiu, deixando um espaço vazio que até hoje nenhum político joinvilense conseguiu ocupar.
OPORTUNIDADE
Mauro Mariani, ex-deputado federal, ex-prefeito de Rio Negrinho, e que foi candidato a prefeito de Joinville em 2008, inclusive com as bençãos do próprio Luiz Henrique da Silveira, tentou ocupar esse espaço. Teve uma oportunidade em 2018, naquela eleição que o MDB deveria retornar ao comando de Santa Catarina, caso Gelson Merísio, Raimundo Colombo e o PSD, mantivesse o acordo firmado com Luiz Henrique da Silveira.
VALIDADE
Porém, para Merísio e os pessedistas, o acordo perdeu a validade após o principal fiador dele ter partido, o próprio Luiz Henrique da Silveira.
NÃO CORRESPONDEU
Principal liderança política do Norte catarinense, deputado federal de destaque, com votações expressivas, Mauro Mariani não conseguiu corresponder na primeira eleição estadual que disputou. O então candidato a governador com base eleitoral em Joinville, foi engolido pelo deputado estadual do Oeste, Gelson Merísio, e por um ex-bombeiro militar do Sul, Carlos Moisés da Silva que acabou sendo eleito naquela eleição estranha de 2018.
GEOPOLÍTICA ESTADUAL
O sonho de voltar a ter um governador de Joinville, ficou distante. Em 2022, a discussão da geopolítica catarinense, ficou entre o Sul, Grande Florianópolis, Vale do Itajaí e o Meio Oeste catarinense. O único espaço que coube ao maior colégio eleitoral do Estado, foi a vaga de vice de Carlos Moisés, que foi ocupada pelo ex-prefeito Udo Dohler.
QUEM ?
Ao que tudo indica, a maior cidade de Santa Catarina, não sabe quando terá novamente, um governador joinvilense. O principal questionamento a ser feito, é quem poderá ocupar esse espaço.
ÚNICA OPÇÃO
Único nome que poderia ser chamado pro jogo, o atual prefeito de Joinville Adriano Silva tem dado indícios de que pra esse momento, ele não será opção. A ideia do atual chefe do executivo municipal é cumprir o mandato até o final.
VICE-GOVERNADORA
É verdade que hoje a vaga de vice-governadora do Estado é ocupada por uma joinvilense. A delegada Marilisa Boehm faz o que pode, cumpre seu papel, mas o protagonismo na política estadual está distante dela.
CERTEZA
Tanto que já se sabe, que o lugar que ela ocupa hoje, já foi prometido, conversado, negociado com pretendentes de várias partes do estado. Se o vice de Jorginho for do Norte, não será de Joinville, e sim de Jaraguá do Sul. Carlos Chiodini é o mais cotado.
RESULTADO
Com a perda de um protagonista político, a exemplo de Luiz Henrique da Silveira, a maior cidade de Santa Catarina teve um resultado desastroso na última eleição estadual. Com quase 500 mil eleitores, Joinville elegeu apenas um deputado federal.
MERECE MAIS
É pouco para uma cidade, que no xadrez político catarinense sempre será uma peça de destaque. Talvez a estratégia precisa mudar pra que o tabuleiro volte a ser nosso novamente.
Joinville, 4 de abril de 2025
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